Republica das Oligarquias
Conhecida também como República do Café com leite, marcada pela alternância de poder por governantes paulistas e mineiros.
1- Mecanismos de Poder
Toda política dos poderes do Brasil nessa época estava dividida em 3:
- Poder central: os presidentes e o federalismo (autonomia constitucional aos estados)
- Poder Regional: com a “Política dos Governadores” criada por Campo Sales, um acordo firmado entre os presidentes e governadores, que em troca de autonomia, os governantes garantiam um apoio à sucessão presidencial entre São Paulo e Minas.
Como uma medida de prevenção, ainda foi criada a Comissão de Verificação dos Poderes, eliminando qualquer oposição política.
- Poder Local:
É o poder local que dava a estrutura aos Governadores e em consequência aos Presidentes.
Esse poder garante a sucessão de poder por meio do Coronelismo. Cada coronel possuía seu curral eleitoral. Por meio dos votos (de cabresto e aberto), os coronéis fraudavam as eleições e promoviam o clientelismo (prática política na qual os políticos ou governante ofereciam favores ou proteção ao povo em troca de apoio).
2- Movimentos Sociais da República Velha
A) Movimentos Rurais
a) Guerra de Canudos (1896-1897)
Resumida na obra “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, divida em três partes (A Terra, o Homem, A Luta).
- A Terra: Interior da Bahia, marcada pela fome, miséria e seca além do domínio político dos coronéis (o plano de fundo para a revolta).
- O Homem: Um líder, Antônio Conselheiro, monge messiânico, de educação religiosa, criado para ser padre. Com um discurso Milenarista (de que o mundo iria acabar em poucos anos), falou o que o povo quis ouvir, e assim juntou milhares de fiéis, que peregrinavam pelo sertão nordestino. Canudos (fazenda e cidade local que dá o nome à revolta) foi uma comunidade baseada num coletivismo e ajuda mútua. Porém, Canudos e Antônio Conselheiro, paralelo à seu crescimento, juntou oposições que forçaram seu fim: