Reprodução Vegetal
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
A reprodução é indubitavelmente uma das principais características dos seres vivos, uma vez que ela visa primariamente, garantir a perpetuação das espécies. Nas plantas, a reprodução inicia com o aparecimento das flores e encerra com o desenvolvimento e a maturação dos frutos e sementes. Do ponto de vista econômico, a produção de flores, frutos e sementes constituem o objetivo básico da exploração agrícola. Neste contexto, as plantas desenvolveram ao longo de seu processo evolutivo, pelo menos dois mecanismos de reprodução, o sexual e o assexual, sendo este último também denominado de vegetativo. Neste capítulo, trataremos apenas do mecanismo sexual, dirigindo-se uma atenção especial ao processo de floração.
2. FLORAÇÃO
Do ponto de vista genético e fisiológico, a floração pode ser considerada como um dos principais estádios do biociclo vegetal. Segundo Fosket (1994), ela é também considerada um belo exemplo de mudança programada de fase no processo de desenvolvimento. O processo sexual, característico da grande maioria das espécies vegetais, permite algumas vantagens consideradas de curto e longo prazo. Dentre as de longo prazo, destaca-se como exemplo, a maior diversidade genética entre populações, permitindo às espécies se adaptarem e sobreviverem melhor frente as variações do meio. Entre as de curto prazo, destaca-se a obtenção de híbridos de alto vigor e com elevados índices de produtividade de fitomassa e de grãos. A semente, produto final da reprodução sexual, apresenta por outro lado, dois aspectos de inegável importância. O primeiro, como forma de propagação, oferecendo maior resistência às diversidades climáticas e patológicas e o segundo, como produto utilizado na alimentação humana e de animais. Durante os primeiros estádios do desenvolvimento, as plantas experimentam várias mudanças de caráter morfo-fisiológico, que normalmente estão sujeitas a ação de fatores ambientais como