Lusiadas
Papel d’Os Lusíadas para a cultura portuguesa
Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões (Anexo I) é a “narrativa” central do nosso Renascimento, ligada á nacionalidade de um povo (o povo português), tornando-se quase como uma referência ou livro-síntese da história e da singularidade de Portugal no mundo.
Esta obra apresenta uma complexidade de fatores de importância ideológico-cultural, tais como: a religião, a mitologia, a ciência, a política, os conteúdos histórico-geográficos da antiguidade e da modernidade, bem como ainda as noções cosmográficas, etnográficas; códigos epocais, literários e culturais, assim como as particularidades da linguagem, do vocabulário e a organização do discurso, entre outras demais importantes.
Os Lusíadas foram realizados segundo o modelo da epopeia clássica, que sempre foi aproveitada pelas demais instituições pedagógicas e educativas, para o estudo nas diversas áreas do saber. Por isso, era importante que Os Lusíadas fossem uma das obras de leitura recorrente para os portugueses, mas isso só poderá acontecer quando os jovens tiverem bases de boa preparação escolar neste domínio, pois esta obra não é de leitura fácil.
Para concluir, pode se afirmar que Os Lusíadas atingem um dos mais altos graus estéticos de toda a poesia portuguesa, fundindo o espírito lírico presente nas cantigas de amigo e de amor, o espírito trágico, e o espírito épico presente nas histórias medievais de cavalaria, evidenciando-se na época como a mais bela e a rica síntese da totalidade da Cultura Portuguesa.
Os Lusíadas e a perspectiva da Literatura de Viagens
A literatura portuguesa de viagens radica na actividade dos descobrimentos marítimos e na necessidade pragmática de registar rotas, condições atmosféricas, acidentes da costa e todos os elementos que pudessem facilitar a repetição e prosseguimento dos percursos entretanto efectuados. Assim, os roteiros e os diários de bordo, documentos técnicos para orientação