Reprodução simples - gonzalo
No capitalismo, a reprodução significa a reprodução periódica como capital do valor inicialmente desembolsado e incrementação repetida do mesmo, ou seja, a produção constantemente renovada de mais-valia.
Se o capitalista utiliza toda a mais-valia que obtém no seu consumo pessoal, consagrando-a unicamente à satisfação das suas necessidades e da respectiva família, o processo de produção repete-se na mesma escala anterior. Se do valor total do produto elaborado composto por c + v + p extrairmos o p para o consumo individual do capitalista, só sobrará para investir de novo, como capital, c + v, isto é, um equivalente do valor-capital adiantado para o processo anterior. Nesse caso, estamos em presença de uma reprodução simples. Mas já nela se destacam, por se tratar de uma repetição contínua do processo de reprodução, algumas das características a que anteriormente nos referimos e nos ajudam a descobrir a realidade oculta por detrás das aparências exteriores.
As relações entre os operários e os capitalistas principiam no âmbito da circulação em que os segundos compram a força de trabalho aos primeiros por um tempo determinado: um dia, uma semana, um mês, etc. Essa compra tem de ser renovada constantemente à medida em que se vencem os prazos.
O capitalista paga ao operário depois deste já ter trabalhado, ou seja, depois de ter consumido o valor de uso da força de trabalho, mas fá-lo, em geral, antes de vender as mercadorias elaboradas pelo operário, o que produz a aparência de que lhe adianta