Representações e influências
Nos últimos anos uma pergunta tem repercutido na sociedade: O que a mídia impõe e representa? Baudrillard discorre sobre este assunto em seu livro “Simulacros e Simulação” afirmando que atualmente tudo o que temos e vemos como realidade são frutos de um tsunami de informações e representações midiáticas e como as mesmas interferem na vida das pessoas.
Estabelecendo um paralelo entre esta e outra obra do mesmo autor, A xérox e o infinito, ele aborda na última a relação homem x máquina, configurando o homem como um objeto de manipulação que age como “cobaia” para a tecnologia e avanços midiáticos ao invés de exercer suas próprias ideias. As máquinas trazem ideias prontas e o homem as aceita sem questionar e quando às manipulam ignoram suas ideias em nome do espetáculo proporcionado pela máquina.
Trazendo o contexto dos dois livros e interligando-os com o filme Videodrome, do cineasta Cronenberg, é possível relacionar estes assuntos. O filme, que é uma mistura de sexo, violência, ficção científica e surrealismo, mostra a interferência midiática na vida das pessoas e a forma como esta interferência impulsiona, influencia e muda o meio em que vivem. A televisão vira uma importante formadora de opinião interferindo não apenas no corpo das pessoas, melhor dizendo, em suas ações, mas também mexendo com mente humana. Em várias cenas do filme fica clara a interferência psicológica que este meio de comunicação pode causar. Uma das cenas de destaque do filme é a que Max Renn, ao explorar o interior do seu corpo por meio de um buraco aberto em sua barriga, coloca fitas de vídeo com a programação do “videodrome”.
Segundo o autor dos textos acima citados, o que difere o ser humano das máquinas são os sentimentos, ou seja, as máquinas, diferente dos homens, não possuem sentidos capazes de influenciar em suas emoções. Por outro lado, as máquinas conseguem transmitir sentimento ás pessoas.
A partir dos elementos apontados e dos objetos