Representações cartográficas do século XVI
O mapa-múndi do veneziano Jerônimo Marini, de 1512, é um carta desenhada em pergaminho, sendo um dos poucos mapas manuscritos do início do século XVI hoje existentes. Está de cabeça para baixo, pois, por influência dos costumes árabes, ele é orientado pelo Sul.
Mapa múndi de Nicolas Desliens (1567)
A concepção original do mapa múndi, do cartógrafo Nicolas Desliens, de quase 500 anos, foi baseada no fato de que, se a Terra é redonda, tanto faz como seja representada. Neste documento, o Norte está na parte inferior, mas a convenção atual é de representá-lo para cima.
Mapa múndi de Mercator (1569)
O mapa-múndi de Mercator, de 1569, não usava uma malha de coordenadas aleatória, mas se baseava na matematização do real na qual Mercator concebia a Terra como uma esfera e não como superfície, o que permitiu traçar o sistema de coordenadas, “em que o nível de distorção esteja matematicamente controlado” A projeção não foi elaborada para a simples representação do mundo, mas servia a finalidades práticas, à navegação.
Nosso planeta pode ser representado de várias formas ou visto de perspectivas diferentes. Mas, cada uma delas expressa os pontos de vista de um país ou povo, tendo como base seus interesses geopolíticos e econômicos. Um exemplo disso é o eurocentrismo, ou seja, a materialização cartográfica do etnocentrismo europeu. Nessa representação, a Europa criou o mito da superioridade da sua civilização diante das outras culturas e posiciona o continente no centro e na parte de cima dos mapas-múndi. As diferentes formas de representar o mundo no século XVI, como as citadas anteriormente, nos auxiliam na compreensão da forma de representar o mundo atualmente pois, com elas é possível concluir-se que não há uma forma certa ou errada de representar a Terra. Entretanto, nada impede que o mundo seja visto de outras perspectivas e, em cada país, os mapas sejam produzidos valorizando sua localização no