Cartografia
Antecedentes:
A Biblioteca Nacional possui uma documentação histórica, que remonta à cartografia da Antiguidade Clássica, contida em obras impressas a partir do século XV. Dentre estas merecem destaque: a Geografia de Estrabão (58-25 a.C.), editada em 1494, 1539, 1557, 1571, 1587, e 1707; Bellum Catilinae de Salustio (ca.86-ca34 a.C.); editada em 1491, 1518, 1519, 1531; Pharsalia de Lucano (ca.39-65), editada em 1479, 1486, 1492, 1519, 1542, 1560, 1578; a Geografia de Ptolomeu (século II), redescoberta no Renascimento, que será abordada nesse período; Historiarum adversum paganos de Paulus Orosius (fl.385-417) editada em 1542 e 1561; os Commentarii in Somnium Scipionis de Ambrósio Teodosio Macróbio (ca.395-436), editada em 1492, 1501, 1515, 1519, 1524 e 1535. A cartografia do período romano deu ênfase à representação dos itinerários de estradas e caminhos, mas são poucos e fragmentados os registros que escaparam da destruição. Um dos poucos de que se tem conhecimento é a cópia no séc. XIII, de um original do século VI, denominada Tabula itineraria Peutigeriana. Conforme algumas fontes, o mapa teria sido elaborado no século I, copiado ca. 250 e recebido alguns acréscimos entre os séculos IV e VI. A Biblioteca Nacional possui a edição fac-similar de 1824, com o prefácio assinado por Fridericus Thiersch. Na Idade Média foi dominante a influência exercida pela Igreja romana cristã, principalmente do século IV ao XV, período em que a cartografia terrestre desenvolveu-se, de início, como suplemento ilustrativo de textos litúrgicos, de livros sagrados e trabalhos de cunho histórico-geográfico. A representação mais utilizada foi do mundo em mapas-múndi circulares, incluídos em inúmeras obras medievais que foram reescritas diversas vezes pela Igreja Católica. Além dessa representação algumas obras incluíam rotas que levariam à terra santa. O mapa circular é dividido em três partes conciliadas na tripartição cristã,