Representação social do jogador de futebol
Um importante aspecto constituinte da cultura brasileira contemporânea é a apropriação do futebol como referência na nossa identidade social.
Dentro de um contexto esportivo, o futebol possui maior índice de popularidade pela versatilidade do jogo. O poder de improvisação que o futebol exerce nos jogadores facilita sua prática e, mais ainda, sua paixão, mesmo por aqueles que não possuem condições financeiras suficientes para adquirir o material necessário para jogá-lo. O futebol pode ser presenciado em qualquer lugar: praças, ruas, praias, terrenos baldios, fazendas,calçadas, etc.
O esporte que se tornou marca de uma cultura nacional, também exibe uma realidade cruel, longe da eminente ação midiática deste esporte: a grande massa de jovens sonhadores que buscam a profissionalização da carreira de jogador como estratégia de ascensão social e reconhecimento numa sociedade capitalista e desigual.
O interessante é o ponto em que a mídia extrapola a realidade, e mostra constantemente o sucesso de um grupo de jogadores de elite, com o intuito de convencer à grande massa de jovens sonhadores de que a carreira de futebol é igualitária e justa a quem tiver talento e disposição.
O sonho de muitas crianças, adolescentes e jovens sobre o futebol, está direcionado pela mídia que circunscreve à sociedade o imaginário do esporte como um meio seguro de mobilidade social para as pessoas pobres, relacionando sucesso e ascensão social, quando se analisado na realidade, este fato se torna oculto nos olhos desses pequenos sonhadores. Projeto tão sonhado, que na maioria das vezes se transforma em pesadelo.
Muitos sonham com o profissionalismo, mas é um caminho difícil, que poucos têm acesso, precisando passar por diversas provações até chegar ao objetivo de conquistar uma vaga em um clube de futebol. Estes garotos normalmente passam por um processo seletivo denominado “peneira”, com o objetivo de revelar futuros craques; dos não