Renuncia do papa bento xvi
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RENUNCIA DO PAPA BENTO XVI O anúncio da renúncia do papa Bento XVI, realizado em 11 de fevereiro de 2013, causou certa surpresa no mundo católico. Não é uma situação usual um papa renunciar ao mandato, já que geralmente a sucessão ocorre após a morte de cada um deles. O último caso aconteceu com o papa Gregório XII (1406-1414). Mas segundo um estudo realizado pelo professor de História da Igreja e cônego da catedral de Barcelona (Espanha), Josep María Martí Bonet, houve na história da Igreja católica a renúncia de 22 papas. No caso de Joseph Ratzinger, de 85 anos, os motivos alegados foram a debilidade física pela qual ele passa, o que o impossibilitaria de continuar a executar as funções exigidas pelo cargo. O pontífice de 85 anos renunciou devido a seu estado de saúde que se deteriora rapidamente. Mas, nas entrelinhas de sua mensagem proferida em latim, é possível entrever que a Igreja está cada vez mais difícil de liderar, em tempos difíceis como estes. Tempos em que a fé "é jogada para lá e para cá" disse Bento 16, e agir condizentemente. O Papa, que não é um "homem do povo" como seu antecessor polonês, e sim um brilhante teólogo e intelectual, sempre teve problemas com o posto. A renúncia agora também abre a possibilidade de um novo papa, mais aberto a reformas, e que encontre respostas para a crise católica na Europa e América do Norte, onde a Igreja vem perdendo cada vez mais membros e não encontra novos sacerdotes. É sábio Bento 16 ter decidido não morrer no cargo. A longa e persistente doença de seu antecessor, João Paulo 2° ainda está fresca em nossa memória. Joseph Ratzinger evitou essa agonia pública. Ele poderá dedicar seus últimos anos à sua grande paixão: escrever livros