A renúncia de Bento XVI e a eleição do novo Papa
Em 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI anunciou num consistório no Vaticano a sua intenção de renunciar ao pontificado no dia 28 de fevereiro às 20:00. A decisão do Pontífice de renunciar à liderança é inédita na era moderna, tendo a última vez acontecida quando o Papa Gregório XII o fez em 1415. O irmão do Papa, o sacerdote Georg Ratzinger, declarou na sua casa em Ratisbona, na Alemanha, que o médico de Bento XVI lhe havia recomendado não realizar viagens transatlânticas e que a sua dificuldade para caminhar iria acentuar-se. Posto isto, Georg Ratzinger afirmou que a decisão do seu irmão foi "um processo natural. A idade está a pesar-lhe. Com esta idade o meu irmão quer mais descanso." O porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi, disse que a decisão era desconhecida pelos colaboradores próximos do Papa e que os deixou "incrédulos".
Eleição do Novo Papa
Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio SJ (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936) é o 266º. Papa da Igreja Católica Apostólica Romana e atual chefe de estado do Vaticano, sucedendo o Papa Bento XVI. Foi eleito em 13 de março de 2013.
Após a renúncia de BentoXVI, o governo da Igreja passa automaticamente às mãos do Colégio dos Cardeais, segundo regras redefinidas por João Paulo II, em 1996, no documento Universi Dominici Gregis.
Logo que os cardeais chegam a Roma, este documento é lido. Sob juramento, os prelados ficam obrigados ao sigilo.
Com a renúncia do papa, todos os cardeais da Cúria Romana, inclusive o Secretário de Estado, que equivale à função de primeiro-ministro, são demitidos. Apenas três permanecem em suas atuais funções: o carmelengo, responsável pela transição e eleição do novo pontífice; o penitenciário-mor, pois deve ser mantida aberta a porta do perdão dos pecados reservados à Santa Sé, ou seja, aqueles aos quais só ela pode conceder o perdão; e o vigário da diocese de Roma.
A Capela Sistina é preparada para o conclave. As visitas turísticas são