A renuncia do papa bento xvi e as perspectivas para a igreja católica
N
os últimos dias vimos nos noticiários de TV que o líder máximo da Igreja Católica, Papa Bento XVI renunciou ao seu pontificado, alegando dentre outros, a idade avançada e problemas de saúde.
Entretanto, para os fiéis restaram apenas as dúvidas, já que o último Papa a renunciar foi a quase 600 anos.
Devemos indagar quais foram os reais motivos da renúncia, uma vez que nos últimos tempos vimos nos noticiários diversas reportagens sobre casos e mais casos de pedofilia praticados por religiosos que, muitas vezes, inclusive, utilizaram os átrios da igreja para levar a cabo as supostas práticas de moléstias, das quais vitimaram inúmeras crianças inocentes.
Por outro lado, numa visão crítica da situação, podemos observar que a igreja vem perdendo fiéis e se encontra em dificuldades para receber em seus ministérios, religiosos vocacionados, dispostos a abandonar as suas vidas, deixando para trás a possibilidade de constituir família e, sobretudo, manter com liberdade a expressão da sua sexualidade nas suas mais amplas formas.
Percebe-se que o modelo adotado pela Igreja Católica, buscando respaldo na vida do Apóstolo que não se casou, parece que não vem dando certo, na medida em que atrai para o seu chamado, homens não vocacionados ao ministério apostólico e com isso, não dispostos a seguir os dógmas propostos por ela.
Resta-nos tão somente a esperança, de que a renúncia do Papa Bento XVI, sirva de exemplo para os demais religiosos que não se encontram em condições de seguir os votos do sacerdócio, levando com isso os fiéis, a abandonarem a Igreja Católica, como forma de manifestação ou até mesmo de descrença.
De tudo, infere-se, que a renúncia apresentada pelo religioso, além de se revestir de manifesto ato de coragem e respeito, se afigura como instrumento de renovação das doutrinas firmadas pelo catolicismo, culminando na busca de soluções pacíficas dos inúmeros problemas de ordem interna