Rentabilidade do Cultivo da Palmeira
Eng.Agrônomo Francisco Paulo Chaimsohn, M.Sc.1
Eng. Florestal Maria Eliane Durigan, M.Sc.2
1Pesquisador do IAPAR/Ponta Grossa. Fone/Fax: 0xx42-229-2829. E-mail: chaimsoh@pr.gov.br
2Pesquisadora do IAPAR/Curitiba. Fone: 0xx41-665-6336. Fax: 0xx41-665-6979. E-mail: mdurigan@pr.gov.br
1. Introdução
Em função do esgotamento das reservas naturais do palmito juçara (Euterpe edulis Mart.), fruto da devastação acentuada (que já era denunciada por Ribeiro, 1986 a 16 anos atrás), tem crescido no Centro-Sul do país o cultivo de palmáceas para produção de palmito. Inicialmente foi introduzida, nesta região, a pupunha – Bactris gasipaes (há cerca de 20 anos), a qual teve sua maior expansão a partir de meados da década de 90 (Bovi, 1997).
Mais recentemente, a palmeira-real-da-austrália (Archontophoenix spp) começou a ser cultivada para produção de palmito, principalmente na região litorânea de Santa Catarina. A partir de matéria produzida na EPAGRI (Itajaí, SC) e divulgada pelo Globo Rural em 2001, tal atividade vem se expandido rapidamente pela região Centro-Sul do país.
Considera-se que o cultivo de palmeira-real para produção de palmito possa ser uma alternativa de renda muito interessante para o agricultor, além de contribuir para preservação dos remanescentes de palmito juçara. Entretanto, é preocupante a euforia com que alguns técnicos e produtores estão disseminando, baseando-se em informações e/ou interpretações, no mínimo, equivocadas.
Este trabalho tem como objetivo discutir a rentabilidade do cultivo, para produção de palmito, de palmeira-real comparado com a pupunha e contribuir para a tomada de decisão e planejamento de técnicos e produtores envolvidos (ou interessados) com tais atividades.
2. Metodologia
Para efeito de cálculo, foram considerados os parâmetros relacionados a seguir. Evidentemente que os custos e rendimento variam com o tipo de sistema de