economia
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, disse nesta quarta-feira (12) que o governo não está “alarmado” com o risco de um novo racionamento de energia. Segundo ele, o país está hoje preparado para garantir o abastecimento mesmo com a queda acentuada no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas.
No Sudeste e Centro-Oeste, onde estão as represas responsáveis por cerca de 70% da capacidade de geração de energia no Brasil, o armazenamento de água é o mais baixo desde 2001, ano em que foi decretado racionamento. Essa situação é provocada pela falta de chuvas – em fevereiro, a quantidade de água que chegou aos reservatórios daquelas regiões foi a menor em 84 anos.Tolmasquim apontou, porém, que nos últimos anos se expandiu consideravelmente a capacidade de geração e a oferta de energia no país, num ritmo superior ao aumento da demanda. Segundo ele, entre 2001 e 2013 o consumo de energia pelos brasileiros cresceu 51%, enquanto a capacidade instalada somada de geração teve alta de 73%. Essa situação, apontou, garante hoje uma sobra de 6,2 mil megawatts (MW) de energia.
O presidente da EPE destacou ainda o crescimento, entre 2001 e 2013, de 351% do parque de usinas termelétricas, que geram energia por meio da queima de combustíveis como óleo, gás, carvão e biomassa. No ano do racionamento, elas tinham capacidade para atender a 10% da demanda por energia no país. Hoje esse índice é de 22%.
Desde o final de 2012, as usinas termelétricas têm funcionado com mais intensidade devido à falta de chuvas e queda no nível dos reservatórios. Ao ligar térmicas, poupa-se água dessas represas. O problema é que a energia gerada pelas termelétricas é mais cara e pode encarecer a conta de luz. Porque não estamos alarmados e consideramos que não é uma situação de crise? Porque, apesar da hidrologia de janeiro e fevereiro ter sido