Renascimento e Humanismo
O Renascimento, de acordo com o "Dicionário de Conceitos Históricos", teria sido o momento histórico que se iniciou e teve seu apogeu nas cidades italianas do século XV, quando houve renovação das expressões artísticas ligadas às mudanças de mentalidade do período, com a ascensão da burguesia. Esse momento estaria também conectado ao Humanismo, definido como um empreendimento moral e intelectual que tinha o homem como o centro de seus estudos e preocupações espirituais.
No texto "Tempos modernos: a cultura humanista", o autor Francisco J. C. Falcon fala sobre a transição que se deu do feudalismo ao capitalismo, o que resultou em diversas tranformações. Também aborda as visões de mundo renascentista, destacando que houve uma grande mudança nas formas de conceber as relações homem/mundo e homem/natureza, surgindo a possibilidade de se construir uma ciência racionalista, imanentista e naturalista. Houve a valorização do indivíduo como ser humano terreno, livre e racional, e que possui potencial de criação e expressão. O autor também fala sobre o contexto no qual o Renascimento e o Humanismo se inserem, quando existia a sociedade de Antigo Regime, marcada pelo Estado Moderno e pelo Absolutismo.
O autor deixa claro que não é uma tarefa simples caracterizar e definir relações para o Humanismo e o Renascimento. O humanismo renascentista teria sido uma característica do que poderia ser chamado de tradição retórica da cultura ocidental. A tarefa essencial para os profissionais humanistas era escrever e falar bem, além de ensinar a fazer isso. A Antiguidade Clássica era vista como norma e modelo comum para guiar todas as atividades culturais. O humanismo teria sido a nova filosofia do Renascimento, que surgiu em oposição à escolástica. O autor também apresenta que, na verdade, existem várias definições para o humanismo: o humanismo seria um programa de estudos clássicos; seria inseparável da produção filosófica que constituiria a autêntica