Renascimento nos Países Baixos
A Renascença nos Países Baixos foi um período cultural que corresponde ao século XVI nos Países Baixos. Em 1500, as Dezessete Províncias estavam unidas sob os Países Baixos Burgúndios e com as cidades Flamencas como centros culturais e econômicos, formavam umas das partes mais ricas da Europa. Durante o século XVI a região também experimentou mudanças significativas. A união com a Espanha sob o reinado de Carlos I de Espanha, humanismo renascentista e a reforma protestante levaram à guerra contra o governo espanhol e o início da Guerra dos Oitenta Anos. No final do século XVI o norte e o sul dos Países Baixos estavam efetivamente separados. Enquanto essa fratura estava refletida nas artes visuais com o Século de Ouro dos Países Baixos no norte e o Barroco Flamenco no sul, outras áreas do pensamento permaneceram associadas as idéias do Renascimento do século XVI. Gradualmente, a balança do poder mudou do Países Baixos do Sul, que continuou sob o controle da autoridade espanhola, para a emergente República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos.
Contexto e Situação Geopolítica Desiderius Erasmus em 1523
Dois fatores determinaram o destino da região no século XVI. O primeiro foi a união com a Espanha através do casamento de Filipe I de Castela de Borgonha com Joana I de Castela. Seu filho, Carlos I, nascindo em Gante, herdaria o maior império do mundo, e os Países Baixos, embora uma parte proeminente do império, tornou-se dependente de uma grande potência estrangeira.
Um segundo fator inclui o desenvolvimento da religiosidade. A Idade Média deu novos modos de pensar a relegião. A prática Devotio Moderna, por exemplo, foi particularmente forte na região, enquanto que o cristicismo do século XVI com a Igreja Católica, que havia se espalhado pela Europa, também havia chegado nos Países Baixos. Humanistas como Erasmo de Roterdão eram críticos, mas permaneceram leais à Igreja. No entanto, a dispersão da Reforma Protestante,