renal
Citocinas e quimiocinas no transplante renal
Cytokines and chemokines in renal transplantation
Autores
Resumo
Abstract
André Barreto
Pereira1
O transplante renal é a melhor modalidade de terapia renal substutiva até o momento. Infelizmente, a sobrevida do enxerto é interrompida pelos episódios de rejeição aguda ou mesmo de fibrose intersticial/atrofia tubular. A dosagem de quimiocinas e citocinas urinárias como ferramenta alternativa para o diagnóstico dessas complicações tem sido relatada nos últimos anos. Estas substâncias estão sabidamente relacionadas com os mecanismos imunoinflamatórios do transplante renal, podendo ser detectadas no tecido renal, no plasma e na urina de pacientes transplantados. Drogas anti-inflamatórias, inibidores do sistema renina angiotensina e alguns antagonistas de receptores de citocinas, ainda utilizados em nível experimental, podem interferir com a expressão desses mediadores do sistema imune e, por conseguinte, alterar a evolução do transplante renal. Neste sentido, pretende-se neste artigo fazer uma revisão dos estudos sobre a mensuração de citocinas/quimiocinas e dos seus receptores na urina, no plasma e no tecido renal de pacientes transplantados, no intuito de avaliar uma possível associação entre os níveis desses mediadores e as complicações do transplante renal e sobrevida do enxerto.
Renal transplantation is currently the best modality of renal substitutive therapy. Unfortunately graft survival is interrupted by episodes of acute rejection or even interstitial fibrosis/tubular atrophy. The measurement of urinary chemokines and cytokines as an alternative tool to diagnose these complications has been reported in past years. Those substances are clearly related to the immunoinflammatory mechanisms of renal transplantation, and can be detected in renal tissue, plasma, and urine samples of transplant recipients. Anti-inflammatory drugs,