Ren Descartes
Felipe Maurício da Roza
João Pedro da Silva Souza
Juliana Fonseca de Oliveira
Kelson Ferreira de Andrade
Lucas Delamar da Costa Lourenço
Marcos dos Santos Francisco
RENÉ DESCARTES
RIO DE JANEIRO
2015
Introdução
A filosofia de Descartes inaugura de forma mais acabada o pensamento moderno propriamente dito, é claro, pelo humanismo do séc.XVI, pelas novas concepções cientificas da época e pelo ceticismo de Montaigne. Entender as linhas mestras do pensamento de Descartes é, portanto, entender o sentido mesmo dessa modernidade, que ele tão bem caracteriza e da qual somos herdeiros até hoje, ainda que sob muitos aspectos vivamos precisamente a sua crise.
O tempo de Descartes é também um tempo de profunda crise na sociedade e da cultura européia, um tempo de transição entre uma tradição que ainda sobrevive muito forte e uma nova visão de mundo que se anuncia. O sec.XVI, ao final do qual nasce Descartes (1596), é um período de grandes transformações, de ruptura com o mundo anterior, como vimos. As grandes navegações, iniciadas já no sec. XV, e principalmente a descoberta da América vão alterar radicalmente a própria imagem que os homens faziam da terra. As teorias cientificas de Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Galileu Galilei e Johannes Kepler vão revolucionar a maneira de se considerar o mundo físico, dando origem uma nova concepção de universo. A reforma de Lutero vai abalar a autoridade universal da Igreja católica no Ocidente, valorizando a interpretação da Bíblia pelo próprio individuo. A decadência do sistema feudal e o surgimento do mercantilismo trazem uma nova ordem econômica baseada no comércio, com a defesa da livre iniciativa, e no individualismo. Na arte, o movimento renascentista, ao retomar os valores da Antiguidade clássica, vai opor uma cultura leiga, secular e mesmo de inspiração paga à arte sacra, religiosa, predominante na Idade Média. o francês René Descartes é considerado o pai da