Remuneração e beneficios
Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho, o que mudou foi intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho na última década.
Socialmente falando, conduta é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano.
O assédio moral, basicamente consiste em uma conduta abusiva, revelado por comportamentos agressivos onde há a exposição do trabalhador em situações humilhantes e constrangedoras, quem visam a desqualificação e desmoralização profissional e a desestabilização emocional e moral, de maneira prolongada e repetitiva durante a jornada de trabalho.
Cada autor pode discorrer sobre esta mesma terminologia com significados diferentes. Contudo, podemos entender com a definição etimológica das palavras:
Assédio: vem do latim olesidere, que significa sitiar, atacar. E na língua portuguesa significa insistência inoportuna, com propostas e/ou pretensões e por meio de abordagem forçada (FERREIRA, A. 1995, p. 66).
Moral: origem no latim mores, significando costumes. E na língua portuguesa significa proceder com justiça e em filosofia, tratado sobre o bem e o mal. (Dicionário Priberam online – verbete “moral”).
Por tanto, quando se fala em conduta abusiva, faz-se referência a excesso, comumente caracterizada por abuso de poder.
Existem duas abordagens que pretendem “explicar” as ações dos sujeitos inseridos neste processo (assediador e assediado):
• A abordagem psicológica: aponta o assédio moral como uma questão unilateral, uma perversão do Ego (*Marie France Hirigoyen); • Abordagem Sócio-Histórica: considerando este fenômeno social como um tipo de herança