RELIGÃO
A diferença fundamental é a questão da infalibilidade papal e a pretensa supremacia universal da jurisdição de Roma, que a Igreja Ortodoxa não admite, pois ferem frontalmente a Sagrada Escritura e a Santa Tradição.
Existem, ainda, outras distinções, abaixo relacionadas em dois grupos básicos:
a) diferenças gerais; e
b) diferenças especiais.
Para termos uma ideia dessas diferenças, vejamos o seguinte esquema, de cuja leitura se infere uma possibilidade de superação, quando pairar acima das paixões o espírito de fraternidade que anima o trabalho dos verdadeiros cristãos.
Diferenças Gerais:
São dogmáticas, litúrgicas e disciplinares.
A Igreja Ortodoxa só admite sete Concílios, enquanto a Romana adopta vinte.
A Igreja Ortodoxa discorda da procedência do Espírito Santo do Pai e do Filho; unicamente do Pai é que admite.
A Sagrada Escritura e a Santa Tradição representam o mesmo valor como fonte de Revelação, segundo a Igreja Ortodoxa. A Romana, no entanto, considera a Tradição mais importante que a Sagrada Escritura.
A consagração do pão e do vinho, durante a missa, no Corpo e no Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, efectua-se pelo Prefácio, Palavra do Senhor e Epíclese, e não pelas expressões proferidas por Cristo na Última Ceia, como ensina a Igreja Romana.
Em nenhuma circunstância, a Igreja Ortodoxa admite a infalibilidade do Bispo de Roma. Considera a infalibilidade uma prerrogativa de toda a Igreja e não de uma só pessoa.
A Igreja Ortodoxa entende que as decisões de um Concílio Ecuménico são superiores às decisões do Papa de Roma ou de quaisquer hierarcas eclesiásticos.
A Igreja Ortodoxa não concorda com a supremacia universal do direito do Bispo de Roma sobre toda a Igreja Cristã, pois considera todos os bispos iguais. Somente reconhece uma primazia de honra ou uma supremacia de facto (primus inter pares).
A Virgem Maria, igual às demais criaturas, foi concebida em estado de