Religiões Afro-brasileiras
Durante o processo de colonização do Brasil, notamos que a utilização dos africanos como mão de obra escrava estabeleceu um amplo leque de novidades em nosso cenário religioso. Ao chegarem aqui, os escravos de várias regiões da África traziam consigo várias crenças que se modificaram no espaço colonial. De forma geral, o contato entre nações africanas diferentes empreendeu a troca e a difusão de um grande número de divindades. Mediante essa situação, a Igreja Católica se colocava em um delicado dilema ao representar a religião oficial do espaço colonial. Em algumas situações, o clero tentava reprimir as manifestações religiosas dos escravos e lhes impor o paradigma cristão. Este fato veio a possibilitar aos negros a manutenção dos cultos e rituais que, por um mecanismo de defesa, avivaram cada vez mais, em extensão e profundidade, o sincretismo de suas crenças com as da Igreja, mascarando seus deuses com os nomes de santos católicos. Com isso respeitavam a lei, a Igreja, e continuavam cultuando seus deuses africanos. É a partir dessa situação que podemos compreender porque vários santos católicos equivalem a determinadas divindades de origem africana. Além disso, podemos compreender como vários dos deuses africanos percorrem religiões distintas. Na atualidade, não é muito difícil conhecer alguém que professe uma determinada religião, mas que se simpatize ou também frequente outras. -Érica Camelo, estudante do ensino médio, afirma ser católica, mas diz acreditar em teorias e frequenta centros espíritas. No Brasil as misturas se acentuaram juntou-se também, as tradições e as crenças dos nativos americanos, este sincretismo das religiões negras com elementos das culturas indígenas deu origem a um novo tipo de culto: o "candomblé de caboclo", onde são cultuados os orixás africanos juntamente com os deuses indígenas. A partir dos anos 1980, as religiões afro-brasileiras enfrentou forte