Religião e religiosidade do brasil colonial
De Mary Del Priore
Após a chegada de Pedro Álvares Cabral em nossas terras, por volta de 1500, trouxeram consigo cultura e religião, completamente diferente do que nossos nativos estavam acostumados, um novo modo de vida, onde a Igreja Católica e o Estado tornaram-se quase um só, visto que os reis queriam poder sobre os cidadãos e a Igreja conseguiu este poder através da fé. Bem, quando as caravelas de Cabral desembarcaram em Porto Seguro, rezou-se uma missa, e em 1° de maio, ergueram uma enorme cruz de madeira, representando o catolicismo, por isso o nome: Terra de Santa Cruz.
Queriam a todo custo catequizar nossos índios e, não se viram como invasores em momento nenhum. Após aceitarem os novos princípios dogmáticos decididos no Concilio de Trento, para combater de forma pratica a Reforma Protestante, na Europa. “Á aliança entre o Estado português e a Igreja Católica chamou-se padroado: por concessão do papa, os monarcas portugueses exerciam o governo religioso e moral no reino e nas colônias. (...) detinham também o poder espiritual e político...” – cita em um trecho do primeiro capitulo que exemplifica bem os interesses dos reis no catolicismo: O Poder.
Já que viam os costumes dos indígenas como algo pagão, algo herege, não demorou para que começassem a catequizar os nativos, com igrejas, escolas e monumentos. No começo dizia-se que os portugueses não deviam impor ou desagradar os nativos. E então a religião começou a delimitar o lugar conquistado, mostrando que os portugueses tinham domínio, simplesmente, por serem abençoados por serem católicos.
Depois, chegaram então os jesuítas, na Bahia, por ordens reais. Anos depois, o bispo dom Pero Fernandes Sardinha, com seu radicalismo, ficou revoltado ao ver tamanha tolerância da parte dos colonizadores para com os nativos, já que nossos índios andavam nus e os colonizadores se misturavam ás cerimônias indígenas. Via os índios como animais e