Religião Egípcia
O faraó Amenófis IV, pertencente à XVIII dinastia, tentou implantar o monoteísmo, elegendo o sol, deus Áton, como único ser supremo que seria cultuado. O politeísmo, porém, estava enraizado nas estruturas clericais, sociais e políticas do Antigo Egito, o que provocou uma intensa resistência, principalmente por parte do clero. Assim, após sua morte, a adoração de várias divindades novamente se estabeleceu entre os egípcios.
Este povo, ainda em tempos remotos, criou uma estrutura intelectualmente requintada para compreender a essência humana. O Homem seria formado por oito elementos fundamentais: o Khat, correspondente ao corpo físico; o Ca, duplo humano, detentor de uma existência autônoma, a quem as ofertas de água, alimento e incenso são dirigidas; o Ba, que representava a alma e habitava o Ca, normalmente simbolizada na arte egípcia e nos papiros como um falcão com cabeça de homem; o AB indicava o coração, então considerado como fonte da vida; o Cu, símbolo da luz sutil que emana do ser, a inteligência espiritual ou espírito humano, residia junto aos deuses; o Sequem ou força vital, que também morava no céu; sua sombra, ou Caibit, vizinha da alma; e o Ren, o nome de cada ser, essencial para a existência do Homem, pois se ele fosse destruído, o indivíduo poderia ser eliminado. Podia-se, porém, esquecer cinco destas partes e considerar tão somente o corpo, a