religiao
Universidade Federal do Pará – UFPA
GT – Estado e Política Educacional
Do que adiantam? Placas, bulas, instruções...
Do que adiantam? Letras impressas das canções...
Do que adiantam? Gestos educados, convenções...
Do que adiantam? Emendas, constituições se o teto da escola caiu se a parede da escola sumiu.
(Mobral) Hebert Viana
Este texto é resultado de minhas inquietações frente às varias pesquisas desenvolvidas no Brasil, por órgãos nacionais e internacionais e que têm demonstrado que o quadro da educação ainda continua sendo pintado com cores pouco estimulantes. O objetivo é, além de mapear alguns dados resultantes de pesquisas atuais que apontam a má qualidade do ensino brasileiro, apontar alguns fatores que têm contribuído para a não melhoria significativa nos índices sobre a educação, bem como fazer algumas considerações sobre possíveis saídas para essa “tragédia brasileira”1. Este texto é um não calar tão importante na luta por maiores conquistas do Brasil na melhoria quantitativa e principalmente qualitativa na educação escolar. Espero que seja tão útil como uma semente, no sentido defendido por Paulinho da Viola apud Romão e Padilha (1998, p. 53):
Uma semente atirada
Num solo tão fértil
Não pode morrer
É sempre uma nova esperança
Que a gente alimenta
De sobreviver
(Amor à Natureza)
Através da história da educação do Brasil podemos verificar que a educação de adultos, desde há muito tempo tem sido alvo de preocupações por parte do povo brasileiro. Isto se revela nas várias ações que foram sendo discutidas, planejadas e efetivadas em âmbitos governamentais e não-governamentais.
Mas apesar da preocupação com a educação de adultos não ser recente, pois desde a colônia já se observa ações voltadas para essa modalidade:
Sabe-se que já no período colonial os religiosos exerciam sua ação educativa