Relações Virtuais e Solidão
Os filmes “Her” e “Medianeras” possuem um grande enfoque nas mudanças sofridas pelas relações sociais após o advento da internet. Ambos retratam a multidão como produto da sociedade em rede e a solidão que emerge como uma possibilidade nas relações virtuais. A sociedade em rede foi bastante ampliada com a chegada da internet, além das relações que os indivíduos já possuíam, nasce a possibilidade de estabelecer diversas relações virtuais. Essa novidade é atrativa pelo simples fato de ser uma curiosidade para a maioria das pessoas, mas tornar-se necessária para aquelas que, por algum motivo, possuem certas dificuldades em interagir com outras ou em manter relações sociais. Essa multidão possui uma ação mais forte da solidão sobre eles próprios como sentimento em comum, mas que logo se esvai assim que encontra-se uma pessoa e junto dela, o prazer de uma companhia. Entretanto, ao retornar para o mundo tradicional, o indivíduo revê a solidão e a partir desse momento, essas pessoas podem desenvolver uma dependência ou um vício pautado na companhia das relações virtuais. Com isso, o ser humano se distancia cada vez mais dos relacionamentos tradicionais e se aproxima dos relacionamentos on-lines. Com o passar do tempo, essa pessoa investirá muito dela nos seus relacionamentos virtuais e uma hora sentirá falta de alguns fatores que uma interação virtual é incapaz de lhe proporcionar (pelo menos, até agora). Tais fatores são essenciais para a satisfação mútua em um relacionamento: o tato, o olfato, a audição, a visão, o paladar e o acaso. Em um relacionamento virtual, o tato é totalmente ausente. A falta do calor humano e da sensação de tocar a alguém está totalmente fora da interação. O olfato não está presente, não se sente o cheiro da pessoa. A audição pode até ser incluída com o uso de celulares, vídeos-chamada ou gravações de áudio, entretanto, a voz não é escutada com 100% de pureza e uma voz escutada ao vivo causa