O amor na atualidade
Carecemos de amor - A era da tecnologia, das realidades virtuais e das grandes cidades impede um contato afetuoso, íntimo e empático entre as pessoas. As pessoas se isolam. Apesar de estarem próximas fisicamente, amargam uma profunda solidão. Desconfiam uma da outra. Afastam-se do seu centro pessoal, das outras pessoas e tornam-se incapazes de criar harmonia e bem estar em suas relações. Isto baixa a auto-estima e despersonaliza. A sensação é de ser insignificante, vazio, abandonado, um competidor, um produtor e um consumidor. Desencantado com a vida e com as pessoas, acaba conformando-se com uma vida apática, sem sentido e sem sonhos, quando não apela à violência. Mudanças, buscas e fracassos - A sociedade emancipou-se da imposição moral das instituições tradicionais. O indivíduo preza pela sua autonomia e liberdade. Acabou o modelo único de instituição religiosa, social, familiar e moral. O casamento vai perdendo sua tradição patriarcal. A mulher foi conquistando sua igualdade com o homem na área jurídica, social, econômica e familiar. Com trabalho, educação, dinheiro e controle da natalidade, assume sua vida, seu corpo, sua sexualidade, enfim, conquista também sua autonomia e liberdade. A mulher liberta-se da imposição de ser esposa e mãe. As mudanças de atitude libertaram a sexualidade de medos, angústias e culpas. As relações de hierarquia de gênero estão dando espaço à reciprocidade dos sexos, em nível de igualdade, respeitando e valorizando as diferenças. As pessoas carecem e buscam as coisas do coração, como a ternura, a intimidade e o amor, mas quase sempre fracassam.
Confusão entre amor e sexo - Os comportamentos sexuais mudaram radicalmente. Aquilo que era tabu passou a ser um mito; o que era proibido, passou a ser obrigatório, o que era pecado, passou a ser buscado como salvação. O prazer do sexo tornou-se uma obsessão para compensar o vazio da solidão. Contudo, sexo sem amor perde logo o sentido. Diante da incapacidade de