Relações sociais e questão social na trajetória histórica do serviço social brasileiro.
Este trabalho resulta de um processo de pesquisa que tem por objetivo realizar uma pequena análise sobre a origem do Serviço Social no solo Europeu e um maior aprofundamento no seu surgimento no Brasil, a partir de uma contextualização histórica das mudanças ocorridas na profissão. Abordou ainda sobre os referenciais teórico-metodológicos que se contrapõem no interior do Serviço Social e como a questão social e o capitalismo encandearam o surgimento da profissão.
O trabalho foi estruturado em tópicos, acrescidos dessa introdução e das conclusões finais. Inicialmente realizou-se uma análise histórica do surgimento do Serviço Social, posterior a isso, destacou sua origem no solo brasileiro e em seguida fez uma abordagem dos referenciais teórico-metodológicos que se contrapõem no interior do Serviço Social.
2. Origem do Serviço Social e seu surgimento no Brasil
À medida que o capitalismo se aprofunda, fica mais, gritante, a questão social, a terrível condição de vida da classe trabalhadora, o que exige um posicionamento das classes dominantes, como a igreja Católica e o Estado. O Serviço Social em sua origem européia, denominado (trabalho social) foi estruturado por organizações religiosas, especialmente da Igreja Católica Romana. Nesse momento, tinha sua prática fundamentada e inspirada na providência divina, uma vez que “o trabalho social consistia no reforço da moralidade e da submissão das classes dominadas. Era, portanto, o controle social da família operária para adequar e ajustar seu comportamento às exigências da ordem social estabelecida” (FALEIROS, 2001, p. 88).
Quando o Serviço Social surgiu no Brasil, na década de 30 do século passado, registrava-se no País uma intensificação do processo de industrialização e um avanço significativo rumo ao desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Tornaram-se mais intensas também as relações sociais peculiares ao