Relações entre a ética e a política: Por dentro do jogo político
Atividade 1 - Considere as seguintes afirmações retiradas do livro O Príncipe: “os homens são perversos e não guardarão a sua palavra perante ti” e “a menos que sejam obrigados a ser bons, virar-se-ão inevitavelmente para o mal”. Essas duas passagens, entre outras tantas que ocorrem nesse pequeno livro de Maquiavel, sugere que seu autor interpreta a natureza humana como sendo corruptível e má. Qual é a importância dessa interpretação para a teoria política? Disserte sobre o assunto.
Segundo Maquiavel, para o político não é necessário que seja bom, apenas que aparente ser, ou seja, é importante que ele seja bem visto pelo “seu povo”, mas se for necessário que ele não o seja para atingir objetivos públicos, então que assim o faça. Quando se está em um jogo político, facilmente a palavra pode ser quebrada, desde que seja conveniente ao interesse dos envolvidos, o político deve saber que não se deve confiar naqueles com quem se negocia, e deve saber também que em alguns momentos deve-se mudar o que foi dito para alcançar bem maiores para o estado.
Atividade 2 – O capítulo XVIII d’O Príncipe rompe com a ética tradicional ao dizer que ao príncipe não é necessário ter todas as virtudes, mas sim aparentar tê-las. A partir desse ponto, disserte sobre as seguintes questões: quais são os motivos que levaram o autor a romper com a ética tradicional no pensamento político? Seria o autor um imoralista? Maquiavel deixa margens para se pensar um novo conceito de ética?
De acordo com o autor, um príncipe deve aparentar ter todas as virtudes para que o seu povo acredite nas suas palavras (que devem ser cheias de piedade, fé, integridade, humanidade e religião), pois para a maioria é mais fácil julgar o que aparenta ao invés do que realmente é, e a minoria que julga pelo que és não pode ir contra a maioria que é protegida e que protege o seu príncipe. Ao príncipe é interessante ter todas essas virtudes,