Trabalhos
Itália dividida. Enquanto as demais nações européias centralizam o poder, Alemanha e Itália permanecem fragmentadas em inúmeros Estados, ocasionando disputas internas, hostilidade entre cidades vizinhas e a ganância de outros países. Nessa Itália sem estabilidade política, que vive Maquiavel.
Esse florentino observa com apreensão a falte de estabilidade política, em um contexto onde cada um possuía sua própria milícia, formadas muitas das vezes por mercenários “condottieri”. Mesmo os Estados Pontifícios tinham seus exércitos. Com Maquiavel à política atinge a maioridade, política e ética deixam de ser pensadas a partir da religião, a moral laica, ou seja, uma rejeição da influência religiosa ou eclesiástica, e estabelece a autonomia da política. Essa ruptura com os valores da moral cristã levou a criação do mito maquiavelismo, que tem atravessado os séculos. Pejorativamente seu nome ficou associado à percepção da política como atividade que utiliza quaisquer meios, até mesmo os mais escusos, para alcançar os fins desejados, e tornou-se um adjetivo para designar pessoas pérfidas e astuciosas, sem escrúpulos, capazes de esconder suas reais intenções e manipular as situações a seu favor. Logo atribuíram a Maquiavel, a famosa máxima “os fins justificam os meios”. Não por acaso seu nome virou adjetivo de coisa má. Maquiavelismo virou sinônimo de uma prática política desprovida de moral e de boa fé, um procedimento astucioso e velhaco. De fato, o florentino nada mais fez do que demonstrar a hipocrisia da moral da sua época, isto é, mostrar como por trás de uma moralidade que não justificava atos cruéis e friamente praticados através de meios nada cristãos: traições, assassinatos, guerras etc.
Estudando a apostila, verificamos que Maquiavel não foi apenas um intelectual, mas um político militante. Em quanto outros visavam apenas seus interesses particulares, deixando de lado a moral e a ética em suas ações. Maquiavel em sua obra nós dá