Relações em eixo
As relações em eixo - novo paradigma da teoria das relações internacionais?
Raquel Patrício
— Professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, Portugal —
IESB - Instituto de Ensino Superior de Bauru Relações Internacionais Introdução às Relações Internacionais - Renato Zapater Rafael Dionisio da Silva - RM: 23121010 LENÇÓIS PAULISTA - 2012
“É difícil para um homem falar longamente sobre si mesmo sem vaidade; portanto, serei breve.”
DAVID HUME (1777)
“Querem saber a história abreviada de quase toda a nossa miséria? Ei-la: havia um homem natural. No âmago desse homem, entretanto, foi introduzido um homem artificial, e ele desencadeou no interior da caverna uma guerra civil que se prolonga por toda a vida.”
DIDEROT (1773)
“Quanto mais civilizados se tornam os homens, mais eles se tornam atores. Querem exibir-se e fabricar uma ilusão.”
ATRIBUÍDO A KANT
As relações em eixo
N
o presente trabalho de Raquel Patrício, é proposta as “relações em eixo” como um novo conceito da Teoria das Relações Internacionais. O mesmo é apresentado através das relações bilaterais franco-alemãs e argentino-brasileiras, de 1870 até os dias de hoje.
—3—
As relações em eixo
N
a primeira parte de seu artigo, a professora conceitua as relações em eixo, que segundo ela, surgem como uma relação especial estabelecidade entre duas potências que fazem entre si fronteiras vivas e desenvolvem um lucrativo apoio econômico. Num primeiro momento, essas relações são baseadas em rivalidades mútuas, mas que num segundo momento evoluem para um comportamento cooperativo sobre parcerias estratégicas. As relações em eixo acabam por firmar-se como o eixo de gravitação regional, beneficiam-se da aceitação popular, bem como pelas evoluções conjuntural e estrutal da região e da sociedade internacional global em que estão inseridas. Assim, essas relações funcionam como condição necessária para a