Relações afetivas entre mães e recém-nascidos a termo e pré-termo.
O trabalho objetivou analisar as primeiras relações afetivas entre mães de recémnascidos a termo e pré-termo na Maternidade do Hospital Universitário/UFAL, verificar as diferenças na relação afetiva entre esses dois grupos de mães e a importância do contato físico para a formação dessa primeira relação.
O parto é um momento relevante para a formação do vínculo mãe-bebê. Os cuidados perinatais hospitalares influenciam essa relação. Uma das práticas questionadas diz espeito à utilização da anestesia no parto. O período de tempo para a formação do apego íntimo e recompensador varia de pais para filhos. O melhor recurso para adquirir o papel de pai ou mãe é a liberdade deconhecer a si mesmo, seguindo as próprias inclinações, e o bebê sinaliza se o caminho está certo ou não. É um longo caminho que os pais percorrem para estabelecer uma ligação afetiva sólida com seus filhos. Sendo assim, a chegada de um bebê pré-termo constitui uma quebra nesse processo, repercutindo de forma significativa no relacionamento de pais e filho.
Um fato importante para a relação afetiva mãe-bebê é o momento em que o feto mexe pela primeira vez. Os movimentos do feto desde a décima segunda semana são precoces, bruscos em flexões e extensões, contudo a mãe só sente os movimentos do filho mais tarde e a aceitação dessa percepção é o reconhecimento da realidade do filho.
Foi realizado um trabalho na UTI neonatal e na maternidade Dr. Mariano Teixeira do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas/UFAL. Participaram do estudo 28 mulheres (e seus bebês). Destas, 18 eram mães de recém-nascidos a termo (RNT) e 10 de recém-nascidos pré-termo (RNPT).
Na observação do comportamento das mães na UTI neonatal obtivemos informações importantes sobre a relação afetiva dos dois grupos (mães de RNT e RNPT). As mães de RNT observadas no alojamento conjunto colocavam os seus bebês na cama,