Relação entre o filme Tempos Modernos e a economia
O fordismo de Tempos Modernos é apresentado como inovação técnica e organizacional da produção e do processo de trabalho. Ele se caracteriza como prática de gestão na qual se observa a radical separação entre concepção e execução, baseando-se no trabalho fragmentado e simplificado, com ciclos operatórios muito curtos, requerendo pouco tempo para formação e treinamento dos trabalhadores (o que permite, deste modo, a integração na produção capitalista de operários de massa e pessoas simples da plebe, sem grande formação educacional, como é o caso de Carlitos). Os serviços eram divididos e cada trabalhador desempenhava apenas uma função. A de Carlitos na fábrica era a de apertar porcas de hélices que vinham em uma esteira rolante que impunha seu ritmo, ditado pelo capitalismo.
Como crítica a tal modelo de produção, mesmo depois do expediente, carlitos continuava a fazer o mesmo movimento com as mãos que fazia em seu serviço. Em variados momentos, o filme nos apresenta possibilidades de refletir sobre situações relativas ao trabalho no mundo industrial e as relações entre patrões e empregados. Uma dessas situações apresentadas nos mostra Carlitos desempregado, vagando pelas ruas, próximo a uma esquina, quando um caminhão ao fazer a curva, deixa cair uma bandeira de segurança atrelada a carga (que supomos ser vermelha, tendo em vista a prática adotada em casos como o descrito). Imediatamente ele pega a bandeira e faz sinais para o caminhoneiro tentando avisá-lo da perda de tal objeto e começa a caminhar na direção do veículo, nesse exato instante, uma passeata de trabalhadores em greve vira a esquina e se locomove na mesma direção de Carlitos, que por ter em suas mãos uma bandeira vermelha e estar a frente