Relação entre o filme de Hannah Arendt e o Cado do Carandiru

Paralelo entre o filme de Hannah Arendt e o caso conhecido como “O massacre do Carandiru”

Primeiramente, importante ressaltar que este trabalho visa, por meio de uma feição didática, evidenciar a relação existente em dois casos abordados que são de épocas distintas, quais sejam, o filme que relata uma parte da história da filosofa Hannah Arendt e o caso que ficou conhecido como massacre do Carandiru, ocorrido em 1992.
Destarte, imprescindível e relevante é o trabalho, uma vez que, ao comparar os casos, certo foi o entendimento de que as arbitrariedades presentes (seja no domínio totalitário dos nazistas sobre o povo Judeu, seja na brutalidade da ação da polícia militar de São Paulo) não são mais do que uma afronta à dignidade da pessoa humana, princípio fundamental para a existência e interpretação dos demais direitos conferidos aos Homens. Sendo, nos dois casos, um marco triste na história da humanidade.
Isto posto, demonstrar-se-á os acontecimentos. O filme trata da história de Hannah Arendt, filosofa política alemã de origem judaica, que é considerada uma das maiores pensadoras do final do século XX. Arendt morava nos EUA na década de 50, residindo no país como refugiada dos campos de concentrações nazistas na França. Foi nos EUA, então, que teve a oportunidade de cobrir o julgamento de um dos maiores membros do alto escalão nazista, responsável também pela morte de milhões de judeus ao ser encarregado pela gestão de execução dos prisioneiros dos campos de concentração, Adolf Eichamann.
Hannah Arendt viaja para Israel e na volta descreve todas as suas impressões e o que aconteceu no julgamento para o jornal The New Yorker, sendo que este separa as conclusões dela em 5 artigos, gerando toda uma revolta e manifestação por parte de doutrinadores e até mesmo de seus conterrâneos, pois ao afirmar que nem todos os nazistas que praticaram os crimes eram monstros e relata também o envolvimento de alguns judeus que de certa forma cooperaram para a matança do povo