relação entre a lagarta do cartucho e seus inimigos naturais
Maria de Lourdes Corrêa Figueiredo(1), Angélica Maria Penteado Martins-Dias(2) e Ivan Cruz(1)
A principal praga da cultura do milho é a lagarta- do- cartucho, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae), e ocorre em todas as regiões produtoras, tanto nos cultivos de verão, quanto nos de segunda safra (safrinha). A espécie ataca a planta desde sua emergência até a formação de espigas (Cruz,1995).
Os prejuízos não estão relacionados à ausência de tratamento fitossanitário, pois o número de aplicações tem aumentado ao longo dos anos e, em algumas regiões, é comum a utilização de mais de cinco aplicações de inseticidas durante a safra. No momento, a preocupação é com a ocorrência de populações resistentes aos produtos químicos, verificada em algumas regiões, e a diminuição da diversidade de agentes de controle biológico, em consequência do uso inadequado dos pesticidas (Cruz et al.,2002).
Este trabalho teve como objetivo quantificar as perdas na cultura do milho em decorrência do ataque de S. frugiperda, na ausência e presença de seus inimigos naturais, em diferentes períodos de desenvolvimento (período larval), utilizando o método de exclusão por gaiolas a partir de infestação artificial (posturas da praga fixadas em plantas de milho).
O experimento foi conduzido na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, MG, em 2001/2002, utilizando o milho híbrido BRS 3123, em plantio direto.O delineamento foi em blocos ao acaso, com nove tratamentos e cinco repetições. Cada parcela foi constituída por quatro fileiras de milho com 3 m de comprimento, e cinco plantas de cada linha foram protegidas com gaiolas de armação de ferro, fixadas no solo, cobertas com capas de voile (malha de 0,1 mm) de 1,2x1,0x0,5 m, logo depois da emergência das plantas. Quinze dias depois da emergência das plantas, foi realizada a infestação, com uma postura da praga