Relação entre frentistas e o trabalho informal
Como visto anteriormente, muito dos trabalhadores vieram de empregos informais. Ao analisar esse fator, foi possí?vel perceber que uma havia uma caracterí?stica em comum entre essas atividades e a profissã?o de frentista, que de certa forma, criava uma aproximaç?ã?o entre ambas, tornado a segunda interessante para quem vinha da primeira. Para melhor compreender que fator é? esse e o motivo de sua causa de interesse, vamos expor rapidamente os conceitos de trabalho prescrito e trabalho real apresentados por Dejours (1994).
De forma geral, essas duas denominaç?õ?es vã?o englobar a organizaç?ã?o e as condutas que sã?o tomadas ao realizar certa atividade. O trabalho prescrito é? caracterizado pelas normas, leis, procedimentos e conjuntos de regras, que vã?o descrever como aquele trabalho deve ser feito e pensado, podemos relacioná?-lo a um manual, que indica os passo que devem ser seguidos. O trabalho real diz respeito as aç?õ?es que na prá?tica realmente acontecem, independente das prescriç?õ?es, aqui sã?o incluí?dos os improvisos e té?cnicas que nã?o constam da descriç?ã?o formal daquela atividade. Dejours (1994) traz toda uma discussã?o sobre os efeitos dessa dinâ?mica (prescrito/formal) sobre o trabalhador, poré?m aqui nã?o nos interessa essa especificamente essa problematizaç?ã?o. O que vai nos servir é? a pró?pria divisã?o das duas formas de trabalho, uma vez que podemos verificar que existem funç?õ?es que se apoiam mais sobre um conceito que outras. Para tornar mais claro, vamos olhar para uma profissã?o onde a prescriç?ã?o ocupa um lugar de destaque. Podemos tomar como exemplo o caso dos controladores de voo. Ao pousar um aviã?o, existem uma sé?rie de comandos té?cnicos que devem ser comunicados ao piloto para que ele possa realizar a aterrizagem de forma segura, qualquer dado repassado de forma equivocada, pode ocasionar um acidente. É? claro que, mesmo dentro desse cená?rio, ocorrem inú?meros “escapes” na prá?tica