Relação de comte com a sociologia da educação
Qual a relação entre as propostas de Comte na estruturação da Sociologia e os temas apresentados no texto “sociologia da educação”? Sem dúvidas. A sociologia é peça fundamental na tentativa de compreensão dos fatores externos que condicionam nossa existência. Nascida num contexto de rupturas e transformações, a ciência do homem, como designa Auguste Comte, tem o potencial de estudar as estruturas e relações sociais que são dotadas de intenções de poder, principalmente após a consolidação do sistema capitalista. Seu precursor, Comte, enfatiza que nossos contatos humanos e nossa produção intelectual funcionam como um organismo vivo: em que as partes, com funções específicas, se complementam para a execução perfeita de um todo. E dentre essas partes fundamentais está à escola, órgão vital para a evolução da humanidade. E assim, compreendemos o papel ímpar da sociologia no contexto da educação. Ora, depois que os “sobrenomes” assumiram uma função secundária na aquisição de uma vida melhor, já que não se pode falar em extinção dessa influência, visto que ainda existe; após a quebra de paradigmas que indicavam o futuro de uma pessoa condicionado às condições financeiras de sua família, vê-se uma incessante luta de classes sociais com o intuito de garantir a formação e inserção de sua descendência ao mercado de trabalho. E ainda, estatizar a mudança social das classes menos favorecidas nesse bolo de capital. Sabe-se que a educação não é neutra. Nem poderia ser devido ao seu papel de iluminação de ideias arcaicas e pensamentos equivocados. E assim, o paradigma da universalização do ensino com a crescente “igualdade” social se vê formado com os investimentos incalculáveis nas instituições privadas de ensino básico, para garantirem uma melhor formação de seus filhos e a monopolização das vagas do ensino superior de elite (frequentemente localizado nas instituições públicas, que deveriam ser para todos).