Relatório

Relatório
O presente relatório tem como finalidade apresentar, como resultado da entrevista a uma aluna, a realidade do educando da EJA (Educação de Jovens e Adultos), bem como a realidade dessa modalidade de ensino. A entrevistada foi uma aluna de 54 anos da rede municipal do município de Taquaritinga.
Os perfis dos alunos da EJA da rede pública são na maioria trabalhadores proletariados, desempregados, dona de casa, jovens, idosos, portadores de deficiências especiais. São alunos com suas diferenças culturais, etnias, religião, crenças.
É uma modalidade específica da educação básica que se destina à inclusão escolar de um público que, por motivos diversos, foi excluído da educação durante sua infância ou adolescência. Essa modalidade de ensino não se define pelo turno que é ofertada, mas pela sua configuração com vistas a atender as especificidades dos sujeitos que pretende abranger.
A entrevistada em questão é uma senhora de 54 anos. Trabalha como empregada doméstica, e foi sua patroa que a incentivou a voltar a estudar.
“Trabalho de empregada numa casa de família, e a minha patroa que é muito boa pra mim me disse que eu devia voltar a estudar. Eu disse que gostaria muito de saber ler direito as receitas e as revistas de artesanato, mas tava velha demais pra isso, aí ela ficou insistindo e me contou do EJA”.
Chegou a frequentar escola quando menina, mas por pouco tempo. A ausência de escolas na proximidade das moradias, o trabalho infantil como alternativa para a necessidade de mão-de-obra nas lavouras e a importância dada ao ensino dos filhos são exemplos de narrativas que permeiam atreladas a fatores culturais.
“Quando eu era menina cheguei a ir na escola, mais era muito longe porque eu morava no sítio, tinha de ir a pé, então meu pai muitas vezes fazia eu ficar em casa. E a gente se mudava muito de um lugar para o outro. Aí acabei parando, acho que tinha uns 10 anos, porque tive de ajudar meus pais na roça”.
Segundo informações dadas pelo Jornal Nacional,