Relatório
John Lock em seu Segundo Tratado sobre o governo civil inicia sua obra com a reflexão sobre os homens e o seus estado de natureza, que na sua concepção não é um estado somente de guerra como em Hobbes. O estado de natureza seria a condição de igualdade e liberdade no qual os homens estariam submetidos sob a lei da razão. A liberdade que o homem possui, não é um poder de fazer tudo o que deseja, e sim uma liberdade orientada pela lei da natureza. Sendo assim nenhum homem pode interferir no livre-arbitrio do outro, pois todos vivem sob a mesma regra. Para John Lock todos nós nascemos livres, no entanto inicialmente estes direitos ficam sob a tutela paterna e somente com o crescimento e o amadurecimento da criança, ou seja, quando estas já são capazes de serem orientadas pela razão que elas recebem o real benefício desses direitos. O papel dos pais seriam de guiar seus filhos durante a infância, que é um estado de ignorância onde não predominância da razão. Mesmo o estado de natureza não sendo uma condição de guerra, a punição entre os homens que saírem da lei da razão pode levar a um estado de guerra e nesse caso o controle estaria nas mãos do governo. Nesse caso, seguindo a segunda lei da natureza, que é a preservação de toda a humanidade, numa estado de guerra, deve-se defender o inocente ou aquele a quem foi declarado guerra.
Sob o estado de natureza, o homem adquirir o direito de punir uns aos outros, sem abuso de poder, de acordo com a transgressão ocorrida. Quando homem transgride a lei da natureza, isto é, passa a viver sob outra lei que não a de igualdade e razão ele se torna um perigo a preservação da humanidade, sendo nesse caso passível de punição. O poder político seria para ele o direito fazer leis e punir quando necessário, mas sem esquecer o essencial principio do governo que é cuidar do bem público.
A função do governo seria a de preservar os direitos dos