Relatório

Relatório Sobre o trabalho de campo no Morro Bom Jesus.

Bom, quando surgiu a proposta de ir ao Morro pra pesquisa do trabalho, me interessei de primeira, pois conheço várias pessoas que moram na comunidade, mas foi totalmente diferente de como eu pensava. Eu não estava ali para visitar alguns dos meus amigos ou passear pelo Morro, estava como uma Psicóloga em formação, uma profissional.
À cerca de um ano, o Morro Bom Jesus passa por um processo de pacificação onde tem como objetivo erradicar o tráfico e homicídios. Mesmo com pouco tempo de projeto já são muitas as melhorias e diminuição de mortes, assaltos e bandidagem.
O nosso projeto tinham como objetivo fazer entrevistas com os moradores para saber o que eles achavam da pacificação, se tinha melhorado na opinião deles, se sofriam preconceito por morarem ali, o que eles tinham mais dificuldades em relação à comunidade e se eles tinham conhecimento sobre o que era psicologia, o que fazia esse profissional e o que eles entediam como ética.
Dividimos-nos em duplas e saímos pelo Morro em busca de moradores, de casa em casa, de rua em rua. A cada entrevista que Eu e Erilan fazíamos era uma história de vida diferente, que me emocionou muito. A forma como aquelas pessoas desconhecidas se abriam e expuseram das suas dificuldades, satisfação e insatisfação pra nós. Uns nunca tinham ouvido falar em psicologia ou achavam que psicóloga era “coisa de doido”, uns conheceram a psicologia no período em que estavam encarcerados e outros falavam: “Eu preciso de um.”
Nossa primeira entrevista foi com um casal que estava no posto médico, perguntei ao homem, de aproximadamente 30 anos, o que ele entendia por psicologia, ele disse que nada sabia. Perguntei então sobre o que ele tava achando do atendimento do posto, daí ele foi se soltando e falando que fazia cerca de 3 horas que ele estava esperando pra ser atendido por um dentista sem nenhuma resposta. Percebi-o muito nervoso, não parava de movimentar as mãos e os pés então