Relatório - síntese de corantes
Para compreender os experimentos descritos neste relatório, é preciso que façamos primeiro algumas definições. Corante é um composto químico (natural ou sintético) que em contato com um substrato altera a sua coloração. Esse substrato pode ser dentre várias possibilidades, o cabelo, um pedaço de papel ou um tecido. Este último será o foco de nossas experiências.
A utilização de corantes já acontecia no período da Antiguidade. A humanidade foi descobrindo aos poucos vários produtos naturais que desempenhavam o papel de corante, como por exemplo a Rubiácia, uma planta cultivada em alguns países da Europa e que servia para a produção de Alizarina, um corante que tingia tecidos na cor de vermelho. O uso de corantes está até mesmo relacionado com a história do Brasil na exploração da árvore que deu o nome ao país, o pau-brasil. Sua exploração ávida pelos portugueses demonstrava a importância que os corantes tinham já nessa época. O pau-brasil produz uma substância chamada brasileína que era a responsável pela coloração vermelha usada para tingir tecidos da época. Foi só em 1956 que o primeiro corante foi sintetizado artificialmente, fruto de um acaso. O químico inglês William Henry Perkin sintetizou a Mauveina quando tentava preparar o alcalóide quinina em seu laboratório caseiro. Desde então foram se aperfeiçoando novas técnicas para a obtenção deste produto tão amplamente utilizado na indústria química.
Os corantes podem ser classificados de acordo com a sua estrutura levando em conta a parte da molécula responsável pela cor (cromóforo) ou deacordo com a forma de aplicação do mesmo (ácidos, básicos, sulfurosos, azóicos, etc). Neste relatório, sintetizaremos um corante classificado como azóico.
Um grupo “azo” é formado por uma ligação dupla entre dois nitrogênios. À eles se ligarão dois radicais que diferenciarão o corante. (R-N=N-R’). Este é o grupo de corantes mais utilizado na indústria principalmente pela facilidade de sintetizá-los