Relatório status engenharia

Interesse pelo tema surgiu na graduação Graduado em Fisioterapia na cidade de Porto Alegre – capital do Rio Grande do Sul- Alexandre Crespo desde 1995 vem dedicando-se ao assunto. O interesse pelas doenças relacionadas ao ambiente de trabalho surgiu nesta época quando fez especialização em Florianópolis na área de Fisiologia do Exercício na Udesc (Universidade para o Desenvolvimento de Santa Catarina). Durante o curso, concluído em 1997, o fisioterapeuta escolheu como tema de monografia a elaboração de um programa de ginástica laboral voltada ao segmento bancário. Com o objetivo de prevenir a LER/DORT, ele aplicou o programa em nove operadores de caixa do Besc num período de quatro meses, numa sala reservada no próprio banco. Alexandre desenvolveu uma série de exercícios laborais para que cada operador de caixa pudesse realizá-los nos períodos de pausas com duração de cinco minutos.
“A proposta, com base na Norma Regulamentadora-17 (NR-17), que trata da ergonomia no ambiente de trabalho, era fazer uma pausa de 10 minutos. Mas, infelizmente, a direção do Besc reduziu para cinco minutos”, atesta Alexandre, lembrando que a lei só existe no papel. “Poucas empresas obedecem esta determinação, especialmente os bancos. E foi justamente neste segmento, mais precisamente nos bancários de Porto Alegre, onde surgiram os primeiros casos de tenossinovite. Trata-se de um processo inflamatório que acomete a membrana sinovial dos tendões, patologia que ficou mais conhecida como tenossinovite dos digitadores”, explica Alexandre.
O problema, em verdade, é um velho conhecido do fisioterapeuta. Já no final da graduação, em 1993, ele já se deparava com a integração homem-máquina. Como trabalho de conclusão de curso, ele optou em fazer uma comparação entre duas técnicas de fisioterapia na prevenção das LERs nos digitadores do Serpro (Serviço de Processamento de Dados) de Porto Alegre. “Eram verdadeiros sofredores. Tinham de transcrever dados do papel para o computador, item