Drogas
Belo Horizonte
2011
1. Introdução
Usando a teoria crítica pretende-se neste projeto opor-se ao falido modelo cartesiano tradicional de ensino, que impossibilitava aos alunos a autocrítica, os esclarecimentos e as emissões de opiniões pessoais. Consequentemente, a prática do "despejamento" pode ter facilitado o fortalecimento do tráfico de drogas devido à facilidade de se abordar uma criança e adolescente, que eram incapazes de dizer "não" às ofertas para o uso de drogas. A referida incapacidade de dizer "não" pode ter sido fruto do "adestramento" sofrido pelos discentes em salas de aula, devido ao mal preparo dos seus mestres que acreditavam numa realidade seria sempre estática, imutável e previsível.
Nos últimos 15 anos tem-se observado a catastrófica mudança no sistema de ensino-aprendizagem nas escolas públicas estaduais, municipais e particulares, principalmente no Estado de Minas Gerais, devido às sementes plantadas nas mentes das crianças e adolescentes dos anos 70 e 80.
As crianças e adolescentes, discentes, que, até meados da década de 80 respeitavam seus professores, como aos seus pais, tinham um aprendizado sustentado pela coerção agressiva de seus mestres. Considerando, que o ambiente escolar era um local seguro, tanto para os alunos quanto para os professores, pois naquela época a Polícia Militar desenvolvia um projeto chamado "amigo legal", e, constantemente estava na porta das escolas gerenciando as entradas e saídas dos alunos, ficou fácil, através da força e da violência psicológica, trabalhar numa sala de aula. Levando em consideração que o país havia acabado de sair da ditadura fica fácil entender o porquê de, pelo medo, os alunos se comportarem bem, ou pelo menos,