Relatório sobre o filme “Uma Verdade Inconveniente”
Uma Verdade Inconveniente é um documentário que busca alertar as pessoas para o que está a acontecer no nosso planeta.
O ex-vice-presidente Al Gore é alvo de chacota nos Estados Unidos desde sua derrota para George W. Bush na corrida presidencial de 2000. O filme abre com Gore falando para um auditório apoiado por projeções, slides e vídeos. Ao mesmo tempo, o acompanhamos em aeroportos, dentro do carro e quartos de hotel, representando que a sua cruzada tem sido pelo mundo e não só nos Estados Unidos.
Gore mostra-se inteligente, entendido e passional sobre o assunto, diferente da forma como aparecia em sua campanha presidencial. Ele explica o problema de forma clara e simples, usando citações de Mark Twain e Upton Sinclair. Por meio de gráficos e estatísticas atmosféricas sobre milhões de anos lado a lado com fotografias da Patagônia, do Kilimanjaro, dos Alpes e da Antártida, entre outros locais, mostra o impacto produzido pelo homem durante anos no meio ambiente. Mostra como os meios de comunicação podem ser influenciados pelo lobby de certos grupos poderosos citando o exemplo furacão Katrina. Há ainda uma claríssima intenção de alertar o público americano sobre a não aceitação dos Estados Unidos em assinar o protocolo de Kyoto. Ele tenta alertar a população sobre a importância do tratado.
Parte biográfico, o filme também mostra que Gore foi introduzido no assunto quando ainda era universitário, durante uma palestra de Roger Revelle, um professor de Harvard. Revelle foi um dos pioneiros na medição de dióxido de carbono na atmosfera. A família de Gore, que plantava tabaco, também foi uma influência. Ele revela que o falecimento de sua irmã por câncer de pulmão provocou uma mudança na utilização do solo de suas fazendas. Outro fator importante foi a quase morte de seu filho num acidente de carro. Através dessas tragédias pessoais, o filme ganha um lado humano. E com esses elementos fica mais fácil