Relatório sobre os delírios de consumo de becky bloom
Assim como a proposta de sucesso de jornalismo da Garota da Echarpe Verde, o filme em si usa de uma estampa leve, bem humorada e fácil para tratar de um assunto que de outra forma não comovesse o público-destino, ou, talvez, nem chegasse a ele. Além da revista que fala especificamente de economia no filme, lidamos também com problemas administrativos. Problemas que, à princípio, são pessoais mas que a longo prazo e com grande número de pessoas na mesma situação pode acabar afetando a todos. Ao assumir uma dívida com a qual você não pode arcar, o consumidor, aqui representado pela jornalista (que por ironia do destino acaba indo trabalhar numa revista justamente sobre economia e com uma coluna que, por mais ironia ainda, é justamente sobre finanças pessoais e aconselhamento sobre dívidas), acaba afundando a si próprio por conta da falsa ilusão do crédito fácil de que você pode simplesmente adquirir um bem ou serviço e não ter que pagar por ele. Esse tipo de problema vira problema geral quando um efeito dominó surge. O consumidor não pode arcar com suas próprias dívidas, acaba se enrolando, seu poder aquisitivo para coisas básicas como alimentação, luz, água e etc cai, muitas vezes atrasando esse tipo de conta. Além do impacto, é claro, gerado na economia do país pela falta de pagamento e pela inadimplência. É evidente que uma única garota com problemas para se controlar ao ver uma vitrine não pode quebrar um país. Sozinha. No entanto, quando esse problema começa acontecer com várias pessoas e várias vezes, um rombo de bilhões pode ser gerado na economia. Um exemplo forte e recente que temos é a própria crise imobiliária dos Estados Unidos, cuja uma das principais causas foi justamente o problema de crédito fácil versus problemas para pagar depois, aquisições de bens sem ter as condições para mantê-los, e o crédito fácil demais. Portanto, esse tipo de coisa é séria o suficiente para prejudicar