Relatório sobre Exame PCR
PCR
Proteína C Reativa
A PCR é um componente da resposta imune inata, com características primárias anti-inflamatórias. É importante por desempenhar uma das primeiras reações diante de uma agressão. Sua ação, entretanto, não é específica. Atualmente é utilizada, inclusive, como indicador de risco para doença coronariana e acidente vascular cerebral.
É uma das provas de fase aguda mais utilizada na prática, por ser ótimo parâmetro de monitorização terapêutica. Isso ocorre porque pode se elevar precocemente no curso da doença e sua concentração é capaz de mudar conjuntamente com a evolução da doença, quer esta melhore ou piore. Há situações em que as medidas da PCR têm valor prognóstico, como na AR. Na Tabela 1 encontram-se listadas as causas de elevação da PCR. Tabela 1. Causas de elevação da PCR
< 1 mg/dL Exercício vigoroso Frio Gravidez Gengivite Convulsão Depressão Diabetes Obesidade Idade
1-10 mg/dL Infarto do miocárdio Neoplasias Pancreatite Infecção mucosa (bronquite, cistite) Artrite reumatoide
> 10 mg/dL Infecções bacterianas agudas Grandes traumas Vasculite sistêmica A proteína C reativa é um marcador de atividade inflamatória. Existem duas formas de PCR: a PCR normal e a PCR ultrassensível. Estudos têm demonstrado a presença da PCR ultrassensível nos tecidos inflamados, nas artérias com aterosclerose (com placas de gordura ou ateromas em sua parede) e no músculo cardíaco (miocárdio) infartado.
A PCR ultrassensível também desempenha papel que favorece a coagulação do sangue. Pacientes com infarto do miocárdio, que apresentam níveis mais elevados de PCR ultrassensível, apresentam uma maior extensão da área de necrose miocárdica (maior quantidade de células mortas do músculo