Relatório do filme – daens: um grito de justiça
O filme se passa no final do século XIX, na cidade de Aalst, na Bélgica, uma pequena cidade onde operários das indústrias locais viviam em situação de calamidade devido aos baixos salários que recebiam e por medo de lutarem por melhores condições de trabalho, fato esse que é mudado com a chegada do Padre Daens que foi designado para assumir a igreja local. O cenário encontrado é o da Revolução Industrial que se iniciou no século XVIII na Inglaterra, e foi o processo de mecanização da mão de obra, cada vez máquinas mais automatizadas eram inseridas nas indústrias. Visando o aumento do lucro obtido pelas empresas, e a necessidade da população em sobreviver, sustentar suas famílias, os proprietários passam a contratar mulheres e crianças, já que esses eram vistos como uma mão de obra mais barata.
Os operários trabalhavam mais de 15 horas por dia, em locais fechados, em condições insalubres, estavam sujeitos a acidentes já que as instalações eram precárias, houve o aumento do número de acidentes inclusive de crianças, fato esse, que no filme gera a revolta das operárias de uma determinada indústria, que vão à busca de melhores condições de trabalho.
Padre Daens, um revolucionário, passa a escrever artigos sobre a política e o sistema que trabalho da época, encoraja os operários a lutarem pelos seus direitos, assim surgem as primeiras rebeliões, e então as greves. Os proprietários sabendo que os trabalhadores viviam em condições precárias passam a oferecer sopa apenas para os que não aderissem à greve e continuassem trabalhando.
A fim de defender os interesses do povo e representá-los, Daens se candidata a Deputado pelo Partido Popular Cristão – Partido que une a Igreja à População, criando uma aliança, com o intuito de chegar ao Estado e criar leis que favoreçam a classe – e incentiva a população, inclusive os analfabetos a votarem – sufrágio universal – o povo exercendo o papel de cidadão através voto direto,