Relatório de genetica
A variabilidade genética, ou biodiversidade molecular, além de apresentar fundamental importância para a evolução, pode ser usada como instrumento de investigação por ecólogos e sistematas em diversos ramos como, por exemplo, para verificar as afinidades e os limites entre as espécies, para detectar modos de reprodução e estrutura familiar, para estimar níveis de migração e dispersão nas populações e até mesmo para ajudar na identificação de restos de animais, como conteúdos estomacais e produtos industrializados (principalmente peles e carnes) de espécies ameaçadas de extinção (Avise, 1994). Os dados básicos para esses estudos são os chamados marcadores moleculares.
A perda da variabilidade genética reduz a habilidade das populações de se adaptarem em resposta às mudanças ambientais (potencial evolutivo). Por exemplo, se alguma mudança ambiental drástica ocorrer, a população com maior diversidade genética apresenta maior chance de possuir pelo menos alguns indivíduos com uma característica genética que lhes permitam viver em tais condições. Se a diversidade genética é baixa, a população corre grande risco de não sobreviver, pois provavelmente não possuirão condições de se adaptarem a tal ambiente. A variabilidade genética, portanto, é importante para a persistência evolutiva das espécies (Solé-Cava, 2001).