Relatório Bactérias
Em 1999, a taxonomia da família Chlamydiaceae foi extensamente revista com base nos estudos genômicos destes organismos, anteriormente existia apenas um gênero, agora são dois gêneros, Chlamydia e Chlamydophila. As clamídias já foram consideradas vírus, porque são suficientemente pequenas para passar por filtros de 0,45µm e são parasitas intracelulares obrigatórios.
PROPRIEDADES IMPORTANTES
Possuem membranas internas e externas semelhantes às de bactérias gram-negativas, contém DNA e RNA, possuem ribossomos procarióticos, sintetizam suas próprias proteínas, seus ácidos nucléicos e lipídios e são suscetíveis a diversos antibacterianos.
As clamídias apresentam um ciclo de desenvolvimento diferente de outras bactérias, apresentando formas infecciosas metabolicamente inativas [CEs] e formas não-infecciosas, metabolicamente ativas [CRs].
FISIOLOGIA E ESTRUTURA
De maneira muito semelhante aos esporos, CEs são resistentes a muitos fatores ambientais agressivos, embora essa bactérias não apresentem a camada rígida de peptidoglicanos encontrada na maioria das bactérias. Não se multiplicam na forma de CE, mas são infectantes nesta forma, podem se ligar a receptores em células hospedeiras e estimular a captação pela célula infectada. Os CRs são a forma metabolicamente ativa e replicante de clamidas, eles estão protegidos por sua localização intracelular e possuem um lipopolissacarídeo especifico do gênero que pode ser detectado por um exame de fixação de complemento e proteínas da membrana externa especificas das espécies e cepas.
Multiplicam-se através de um ciclo de crescimento singular que ocorre em células hospedeiras suscetíveis. O ciclo inicia quando os CEs infecciosos se ligam a microvilosidade de células suscetíveis penetrando na célula, após a internalização, as bactérias permanecem em fagossomos citoplasmáticos, onde ocorre o ciclo replicativo. A fusão de lisossomos celulares com o fagossomo contendo o CE e sua subseqüente