relatório Antraquinona
Antraquinonas são compostos quinônicos derivados do antraceno formados de diversos anéis conjugados. Fazem parte juntamente com as benzoquinonas (sem aplicação terapêutica definida) e naftoquinonas – possuem ação diversificada, desde antiparasitária até antifúngica, contudo não são usados na terapêutica – do grupo das quinonas.
Convertem-se em hidroquinonas por reações de redução e oxidação. Se uma antrona sofrer oxidação irá formar antraquinona e se sofrer redução irá produzir um antranol. Quanto maior o grau de redução maior a atividade do composto, por isso podemos organizar a atividade quanto à intensidade assim: antraquinona < antrona < antranol.
Quanto mais fresca a planta contendo as quinonas, maior probabilidade de se encontrar nas formas mais reduzidas uma vez que não foram oxidados à glicosídeos antraquinônicos e dimerizados a glicosídeos de diantrona. Por este motivo deve-se usar o chá da planta seca, para não sofrer com efeitos muito fortes dos componentes da planta, como diarréia descontrolada e nociva.
Podemos encontrar as antraquinonas ligadas a glicídios (na forma de glicosídeos antraquinônicos) ou livres (agliconas ou geninas). Os glicosídeos antraquinônicos se apresentam em cristais amarelos, de sabor amargo solúveis em solventes polares e insolúveis em solventes orgânicos apolares. Quando dissolvidos em soluções básicas formam compostos vermelhos (Reação de Borntraeger). As formas livres são cristais amarelados, solúveis em solventes orgânicos apolares e insolúveis em polares (como a água).
A presença de glicídios garante uma melhor solubilidade em água devido a grande quantidade hidroxilas, formando pontes de hidrogênio. Esses compostos possuem ação laxativa (com intensidade dependente da dose e do estado reduzido), atividade contra Leishmanioses e Doença de Chagas.
Quando ingeridos na forma de glicosídeos antraquinônicos é hidrolisado e reduzido no cólon por enzimas intestinais para agir no local provocando a