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Antigamente o paciente em fase terminal, morria lentamente em sua própria casa, onde tinha tempo para despedir-se e passar seus últimos momentos com seus familiares. Com o desenvolvimento científico o morrer tornou-se mais solitário e desumano. Geralmente o doente é confinado em um hospital, estando as pessoas mais preocupadas com o funcionamento de seus pulmões, secreções e não com o ser humano que há nele. Estando muitas vezes sofrendo mais emocionalmente que fisicamente. Era mais fácil elaborar a morte, já que a crença religiosa acreditava que o sofrimento na terra seria recompensado no céu, oferecendo esperança e sentido ao sofrimento, ao contrário da rejeição da sociedade moderna, que aumenta a ansiedade , obrigando-nos a fugir da realidade e do confronto com a nossa própria morte.

O estudante de medicina é preparado a prolongar a vida e promover a cura. Face ao paciente terminal, ele confronta-se com seus limites, impotências e incapacidades, gerando muita raiva e culpa que pode resultar em negação e evasão, abandonando o paciente na hora em que ele mais precisa. Nesta etapa de evolução da doença cabe ao médico não mais a cura, mas o assistir, servir, ajudar e cuidar.

O paciente tem o direito de saber ou não o seu diagnóstico, cabendo ao médico perceber o momento em que o paciente está pronto a receber este diagnóstico. Cabe ao médico informar de forma que mantenha a esperança do paciente, comunicando-lhe de que nem tudo está perdido, é uma batalha que devem travar juntos não importando o resultado final.

A consciência de seu estado permite ao paciente desabafar seus medos, resolver questões pendentes, despedir-se e ficar em paz consigo mesmo e com seus familiares para uma morte mais tranqüila e humana.

Segundo KLÜBLER ROSS um paciente em estágio terminal pode passar por cinco fases:

Negação: ajuda a aliviar o impacto da notícia, servindo como uma defesa necessária a seu equilíbrio. Geralmente em pacientes informados abruptamente e

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