relatorio
Seminário Instituto Social Esporte Educação
03 de novembro de 2014 – 30 minutos
Esporte de alto rendimento financeiro x esporte de alto rendimento social João Batista Freire
Em 1848, a descoberta de ouro na Califórnia provocou o que chamamos de Corrida do Ouro, que produziu efeitos decisivos na história dos Estados Unidos. O Brasil também teve sua corrida do ouro, no final do século XVII. E em muitos outros lugares do mundo o ouro exerceu atração irresistível. Como sempre, para alguns o ouro despertava apenas cobiça e ambições de riqueza, de poder. Para outros, era símbolo de representações religiosas. No esporte passou a significar a glória suprema, em forma de medalha pendurada no peito dos vencedores. E mesmo quando o objeto da cobiça não era o metal, era como se fosse. O ouro passou a denominar muitas riquezas. E o esporte é um dos ouros modernos. Pode-se dizer que atualmente há uma verdadeira corrida do ouro esporte. E, entre os esportes, o futebol é a mina maior desse ouro jogado. A movimentação econômica do esporte afeta diversos setores, entre eles o vestuário, a alimentação, os equipamentos, as instalações, os serviços, etc. Porém, a grande vitrine do esporte, o grande alimentador das paixões, são os eventos esportivos. São cada vez mais grandiosos, entre eles, os dois maiores: Campeonato Mundial de Futebol e Olimpíadas. O esporte dos eventos esportivos, especialmente os mais grandiosos, são os esportes que as pessoas, de maneira geral, veem e conhecem. Alguns, a depender do país, são tão exaustivamente exibidos que parte da população torna-se especialista e crítica nele, por mais ingênua que seja essa crítica. De tal maneira os eventos mobilizam as emoções dos aficionados que os atores da prática esportiva (dirigentes, jogadores, promotores, publicitários, jornalistas, etc.) podem movimentar a paixão dos fãs à semelhança de marionetes movidas por fios. Por isso, o esporte atual presta-se